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UNIDADE EM FOCO - Faculdade de Educação | A ciência na feira

13/06/2018

Professora e grupo da FaE desenvolvem projetos que colocam a experimentação no centro do aprendizado

Centenas de jovens reunidos em uma pousada, desfrutando da natureza ao longo de dias com intensa programação. O cenário é de colônia de férias, mas há trabalho em andamento: a Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic), um dos maiores eventos da área em Minas e no país. Além da exposição de projetos, palestras, oficinas, minicursos e outras atividades formativas integram a programação da Feira, que tem o objetivo de popularizar a ciência e promover o intercâmbio entre estudantes e educadores que já investigam e desenvolvem pesquisa em suas instituições de ensino.

A idealizadora e coordenadora da iniciativa é a professora da Faculdade de Educação (FaE) / Campus BH da UEMG Fernanda Aires Guedes. Ela conta que o impulso para a realização do evento ganhou força durante a experiência que teve na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em 2012, quando foi reconhecida como professora destaque. Impactada diretamente pelo clima estimulante de uma feira de ciências, Fernanda se debruçou em estudos e práticas relacionadas a esse tipo de ação: “Hoje, a minha cidade respira feira de ciências... Todas as escolas participam e têm estudantes com projetos de iniciação científica em andamento”, comenta ela, que reside em Mateus Leme, onde atua com o ensino de Ciências e Biologia, há 11 anos, na Rede Estadual de Educação.

Para a professora, que leciona a disciplina Ciências da Natureza, na FaE, Escolas que investem em tais eventos são capazes de promover a alfabetização científica, aproximando os jovens de carreiras tecnológicas e de pesquisa: “As feiras envolvem estudantes e professores no exercício de investigar, consolidando a formação e mudando vidas”. 

Além dela, participam diretamente da produção da Femic, da parte da UEMG, as professoras Fernanda Villani, da Unidade Divinópolis, e Natália Dornelas, da Unidade Ibirité, bem como os estudantes da Unidade Passos Jaqueline Costa, de Biomedicina, e Cristopher Mateus Carvalho, de Medicina. Há também o apoio institucional do Núcleo de Educação e Pesquisa em Educação, Meio Ambiente e Saúde (Nemas), grupo de pesquisa da FaE-UEMG, e da Associação Mineira de Iniciação Científica (Ampic). A organização da Feira envolve ainda parceria com a Prefeitura de Mateus Leme, município sede do evento, e o apoio de patrocinadores capitados por meio de editais da FapemigCRBIo e CNPq.

Na primeira edição, em 2017, a Femic teve 188 trabalhos inscritos, mobilizando 369 estudantes, 87 professores e 38 escolas de Educação Básica de 23 cidades de seis estados brasileiros. Os organizadores esperam um volume de inscrições 50% maior na edição deste ano, de 14 a 17 de agosto, que será realizada em pousada no entorno da Unidade de Conservação Serra do Elefante, a exemplo do ano passado.

Estudantes e docentes universitários de todo o Brasil tem até 30 de junho para se inscrever na Femic Universitária. Já se encerrou o prazo para alunos e professores do Ensino Fundamental, Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos), que participam das categorias ‘Jovem’ e ‘Júnior’.

Informações sobre regras de participação e outras no site www.femic.com.br. Para dúvidas: feirafemic@gmail.com e www.facebook.com/AssociacaoAMPIC.

Para além do evento
Motivados pela riqueza do tema, dois projetos acadêmicos da UEMG estão em desenvolvimento paralelamente à realização da Femic. ‘As Feiras de Ciências e os Jovens Cientistas’ é o título de um projeto de pesquisa que investiga os perfis, motivações e anseios profissionais de estudantes que participam de feiras de ciências. Em 2017, participaram do levantamento alunos de Mateus Leme; neste ano, o recorte englobará instituições de todo o estado - saiba mais.

No campo da extensão, o ‘Ateliê de Divulgação Científica’ (conheça) é um projeto que oferece suporte organizacional e pedagógico à Femic, e, agora em 2018, com a participação de equipe da Unidade Divinópolis, cursos e recursos educacionais serão desenvolvidos para aprimorar e implementar a iniciação científica em escolas de Educação Básica que possuem ou estão para criar feiras de ciências. “As Feiras de Ciências atualmente são voltadas para a multidisciplinaridade, não são mais eventos com caráter puramente expositivos. Estão cercadas de pesquisa, ensino e extensão, e com isso suas ações se propagam em toda a comunidade escolar”, avalia Fernanda Aires.


Por uma educação científica
Ao perceberem a ausência de formigas durante um processo de observação de pés de inhame, Alex Rodrigues, Gabriel Silva e Pedro Lucas Oliveira, alunos da Escola Estadual Domingos Justino Ribeiro, de Mateus Leme, chegaram a uma ideia de projeto: “Fizemos o extrato do tubérculo e, a partir daí, realizamos alguns testes. Após constatarmos a ação repelente, começamos a investigar formas de aplicação, pensando tanto na agricultura como no uso doméstico”, relata Alex (o terceiro na foto, da esquerda para direita). O projeto de iniciação científica, desenvolvido em 2017, quando estavam no 9° ano, foi apresentado durante a Femic. Experiência valorizada pelo aluno: “A cada feira que participamos, aumenta nosso interesse e visão sobre o valor da ciência no dia a dia”.

Opinião endossada pela professora Greice Conrad Sedrez, que também participou da Femic no ano passado, levando alunos de do Ensino Médio e Fundamental de Pelotas (RS). Os mais de 1500km da viagem até o evento foram recompensados: “Duas alunas minhas foram premiadas como destaque e ganharam bolsa do CNPq. A Laura, do Ensino Médio, com um projeto de utilização de polímeros, a partir do leite, para a formação de sólidos geométricos. E a Tailane, do Fundamental, com um trabalho de modelos atômicos feitos com massinha de modelar. É verdade que o ganho dos alunos em termos de conhecimento é muito maior do que a premiação em si, mas essa, claro, é um incentivo”.

Para a professora (na foto, ao lado das alunas premiadas), são múltiplas as vantagens de participar de uma feira científica: “É uma experiência para a formação da pessoa. Tem a questão dos prazos, do comprometimento, de se expor e trabalhar a própria capacidade comunicativa, de desenvolver a utilização de recursos, incluindo tecnológicos, na montagem do projeto... Acredito que aumenta muito a motivação e a criatividade dos alunos, o que se reflete na sala de aula e até em casa, como nos contam alguns pais”.

Ganhos para o aluno e também para o professor: “A gente não só ensina, mas aprende muito. O professor precisa sair da sua zona de conforto, modificar a maneira de dar aula, trazendo conteúdos mais dinâmicos e associados à vida dos alunos. Dar a eles mais espaço para que a gente possa conversar e organizar conjuntamente o projeto. Todo esse processo tem me estimulado a aproximar os alunos do ato de indagar, questionar, o que contribui para a formação de cidadãos mais críticos e reflexivos”.

Montando uma feira de ciências
A coordenadora da Femic, Fernanda Aires, resume o passo a passo:
  • Expor a proposta para a comunidade escolar;
  • Montar a equipe de trabalho;
  • Organizar o calendário letivo para receber o evento;
  • Planejar a estrutura física;
  • Formar um comitê de avaliadores;
  • Motivar professores e estudantes para que desenvolvam projetos;
  • Fazer convites e divulgação;
  • Premiar trabalhos destaque;
  • Incentar a continuidade dos projetos de pesquisa.
Estudante do curso de Pedagogia, da FaE-UEMG, Thaís Soares da Silva participou da primeira edição da Femic apresentando o projeto ‘Promoção da Iniciação Científica na Educação Básica através de Práticas Laboratoriais Alternativas de Baixo Custo’, sob coordenação da professora Fernanda Aires. Durante o projeto, que promoveu assessoria a professoras de escola visando ao desenvolvimento de práticas de ensino com caráter investigativo, a graduanda constatou que os educadores muitas vezes se sentiam incapazes de propor aquelas atividades: “Na verdade, parecia mais uma questão de cultura institucional, porque as práticas, por vezes fora de sala, frequentemente contrastavam com outros interesses da escola, como manter a organização, o silêncio, a harmonia. Professores temem esse aparente conflito entre estimular a criatividade dos alunos e a demanda institucional de manter o controle”, avalia Thais.

Apesar das dificuldades, ela insiste na importância de que as crianças tenham a oportunidade de um estudo atravessado por práticas de experimentação. “A investigação permite ao aluno questionar os processos e confirmar, ou não, por conta própria, informações que estão disseminadas. Assim, permite que cheguem a descobertas feitas por eles mesmos”.

Outra estudante de Pedagogia da FaE que teve a oportunidade de participar da Femic, Francisca Pedro dos Santos se vê no futuro levando muitos alunos para diversas feiras. Para ela, ninguém nasce pesquisador, mas se torna com base nos estímulos e exemplos: “Ações educativas decorrentes de projetos científicos resultam num aprendizado que se constrói com os alunos. Abrir nossa visão para o conhecimento passa por investigar aquilo que nos causa curiosidade”.

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