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UEMG promove oficina de preservação da cultura popular de Divinópolis

16/09/2015

Discutir as possíveis maneiras para a manutenção das tradições populares foi o principal tema da oficina ministrada pela professora de História da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Flávia Lemos Mota de Azevedo, realizada na noite desta segunda-feira (14/09), no Centro de Artes de Divinópolis.

Com duas horas de duração, a palestra destacou as mudanças políticas que vêm acontecendo em relação ao conceito de patrimônio histórico e cultural, defendendo a importância da mobilização social para que a identidade da cidade permaneça viva.


De acordo com Flávia, durante muito tempo investiu-se no chamado patrimônio material. Valorizava-se os bens edificados, construções, igrejas e obras de arte. O Museu Histórico da cidade é um dos elementos que enquadra nessa classificação. Com uma média de 39.000 visitações por ano, o diretor Welber Skaull conta que, considerando-se a população atual, isso ainda é um número abaixo do esperado.

“Há dois anos e quatro meses que trabalho aqui. Quando cheguei fizemos um levantamento sobre essa questão: 70% das pessoas não sabiam da existência do museu, 15% não sabiam onde estava localizado e 10% nunca tinham visitado, mas já estamos conseguindo mudar isso. No começo deste ano fizemos um levantamento informal e esse quadro já se inverteu: 50% já sabem onde fica o museu, 40% já visitaram e 10% não têm
conhecimento e nunca vieram”, declarou Skaull.

O interesse da população é necessário para a preservação da memória e implementação de políticas públicas que visem melhorias sobre o assunto. “A população demonstra um interesse passivo, um certo comodismo. Esperam a informação chegar em vez de procurar saber o que está acontecendo”, disse Welber.

Patrimônio imaterial
Devido a essa valorização do patrimônio material, Flávia contou ainda que a perda dos saberes e conhecimentos das tradições começaram a ser notadas. “Se uma igreja precisa de restauração, a gente chama uma equipe técnica e eles concertam. Mas e se a tr
adição acabar, quem a gente chama? É por isso que precisamos protegê-la”, refletiu.
 
Dentre os participantes da oficina, sendo a maioria membros da Irmandade do Rosário, por meio das experiências vividas ao longo do tempo, destacaram a importância que o Reinado ainda desempenha na valorização das tradições populares do município, afirmando que isso deve ser passado de pai para filho e garantindo que, futuramente, a sociedade ainda tenha conhecimento dessa manifestação.

A festa popular, mesclada com elementos religiosos católicos, danças, passos e músicas, recentemente foi nomeada como patrimônio imaterial de Divinópolis, o que contribuiu para a valorização da cultura negra na cidade. A manutenção de tradições como essa abriu espaço e ideias às ONGs, como o MUNDI (Movimento Unificado Negro de Divinópolis), preservando a cultura negra não apenas no município, mas nas regiões vizinhas.

Raimundo Cândido, um dos representantes do movimento atualmente, contou que a ideia surgiu em 2006, devido à Primeira Festa da Consciência Negra na cidade e tem como objetivo difundir a valorização da cultura Afro Brasileira e Africana na cidade. A sede, situada na antiga Estação Ferroviária, oferece oficinas de informática, dança, capoeira e teatro para toda sociedade.

Tempo da memória
A Professora Flávia Lemos finalizou o primeiro dia da oficina falando sobre o trabalho educativo, que, segundo ela, é fator fundamental para resgatar a memória dessas tradições, sendo garantida por meio das histórias, diálogos, experiências e valores culturais. Na opinião dela, registros das tradições devem ser feitos em institutos do governo e que apesar de importantes, os livros que se tem conhecimento, não garantem sua permanência.

"É preciso que contemos a história. As pessoas precisam saber que isso acontece. Por mais que esteja colocado em um livro, se minha identidade e memória não fizerem parte disso, não é possível pegar e reproduzir por completo”, ponderou Flávia. Outro motivo apontado pela professora para o registro da memória se deve ao fato de que o registro permite que se consigam recursos que ajudam a manutenção do patrimônio cultural. “A festa do Reinado, por exemplo, existe porque um grupo de pessoas com sua fé e devoção trabalham o ano inteiro para que ela aconteça. Assim que acaba, uma nova preparação se inicia. É como se houvesse um novo calendário próprio, um tempo paralelo da memória cultural”, finalizou Flávia Lemos.

O segundo dia da oficina acontece nessa quarta-feira, 16, no mesmo local, a partir de 18h30.

Reportagem e fotografia: Cristiellen Sousa e Maria Luiza Lopes (2º Período/ Jornalismo – UEMG/Divinópolis)
Orientação: Prof. Gilson Raslan Filho

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