Conversas Ítalo-Brasileiras na Casa Fiat de Cultura

05/04/2016

com informações da Casa Fiat de Cultura

O FILÓSOFO E JORNALISTA MARCELLO VENEZIANI FAZ UM PARALELO ENTRE A ITÁLIA DO PASSADO E DO PRESENTE NAS CONVERSAS ÍTALO-BRASILEIRAS

O programa integra as comemorações do ano da Itália na América Latina e traz importantes pensadores italianos à Casa Fiat de Cultura.



O jornalista e filósofo italiano Marcello Veneziani, premiado por seus romances e ensaios, compara a Itália de ontem e de hoje na conferência “Itália entre o passado e o presente”, na quinta-feira, 7 de abril, às 19h30, na Casa Fiat de Cultura. Será abordado como os italianos percebem sua cultura e identidade, numa reflexão sobre como a Itália não nasce como uma nação política, mas como uma nação cultural e como esse sentimento evoluiu até os dias atuais.

A palestra é uma realização da Casa Fiat de Cultura em parceria com o Consulado da Itália em Belo Horizonte e faz parte das Conversas Ítalo-Brasileiras, programação que integra as atividades da Casa Fiat de Cultura no Ano da Itália na América Latina. A palestra, gratuita, terá tradução simultânea e está sujeita à capacidade do espaço (250 lugares).

A civilização italiana, assim como a língua e a cultura, precedem a formação do estado unificado. Para o palestrante, Marcello Veneziani, a Itália foi feita por Dante antes de Garibaldi e Vittorio Emanuele, da arte - mesmo a culinária - antes da guerra, porque a Itália era uma visão antes que um território.

“A Itália foi dada como morta antes mesmo que nascesse: a milenar literatura nostálgica de uma Itália que não existe mais precedeu o nascimento do Estado italiano. Não é por acaso que os grandes processos históricos italianos fazem uma alusão a morte e ressurreição, como o Renascimento e o Risorgimento. Ainda hoje, os italianos têm um baixo senso de Estado, mas um vivo  sentimento de italianidade. Com estas premissas, onde está a Itália atualmente?”, questiona o jornalista. 

Marcello Veneziani
Considerado uma das principais referências do pensamento relacionado à tradição e à identidade comunitárias. É autor de vários ensaios sobre filosofia, história das ideias e literatura civil, publicados com os maiores editores italianos.
Entre suas publicações, destacam-se “Processo ao Ocidente”, dedicada à sociedade global e seus inimigos, “A Revolução conservadora na Itália”, “Comunitário ou Liberal”, “De pai para filho”, “Um elogio da tradição”, também traduzido no Brasil e, em seguida, “A derrota das ideias”, “Os vencidos, sobre os perdedores da globalização”, “Contra os bárbaros”, que aborda o tema do choque de civilizações”, “ A derrocada de 68”, e mais recentemente “Deus, Pátria e Família depois do declínio”.

Entre as suas obras mais relacionadas a temas existenciais, com perfil filosófico e literário, é possível ressaltar “Vita Natural Durante” e “A esposa invisível”, uma viagem carnal e metafísica através das figuras femininas. Sua obra filosófica mais desafiadora é “Amor feito, a vida entre o acaso e o destino”. Nos últimos meses, foi publicado "Carta aos italianos”.

Nascido em Bisceglie, no sul da Itália, vive atualmente em Roma. Fundou e dirigiu semanais e revistas culturais, escreveu para alguns dos principais jornais italianos e preside comitês científicos e fundações culturais.

Casa Fiat de Cultura
Há 10 anos, a Casa Fiat de Cultura cumpre importante papel na transformação do cenário cultural mineiro, ao apresentar, em Belo Horizonte, mais de 20 importantes exposições, de renomados artistas brasileiros e internacionais. A grande arte de Caravaggio, Chagall, De Chirico, Rodin, Tarsila do Amaral e outros pôde ser apreciada e discutida de forma gratuita ao longo dos anos, por todos os públicos, de todas as idades e classes sociais. Sempre com mostras inéditas, a instituição desenvolve um Programa Educativo que é peça fundamental nesse trabalho de valorização e de ampliação do conhecimento proporcionado a seu público.
Para cada exposição, são idealizados conceitos e temáticas a serem trabalhados em atividades educativas, em um modelo de Ateliê Aberto, que proporciona aos visitantes um espaço de experimentação livre e de participação nos processos do fazer criativo.
Cerca de 800 mil pessoas já visitaram a Casa Fiat de Cultura e mais de 300 mil pessoas participaram das atividades educativas. Para cada público, uma abordagem especial é adotada, com o intuito de encantar e transformar, de maneira positiva, o imaginário de cada visitante.
É com esse espírito de envolvimento e inclusão que a Casa Fiat de Cultura tornou-se referência no Brasil, por meio da arte e da cultura, ao proporcionar experiências memoráveis ao público.

Serviço

• Conversas Ítalo-Brasileiras
• Palestra Itália entre o passado e o presente
• Marcello Veneziani
• 7 de abril, às 19h30

ASSESSORIA DE INTERCAMBIO E RELAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS