Professora da EsMu publica em periódico internacional de neuropsicologia
14/04/2016
Examining pitch and numerical magnitude processing in congenital amusia: a quasi-experimental pilot study (‘Examinando afinação e processamento de magnitude numérica em amusia congênita: um estudo piloto quase-experimental’ em português) é o título do artigo publicado pela professora da Escola de Música da UEMG, Marília Nunes Silva, no periódico internacional Journal of Clinical and Experimental Neuropsychology, no último dia 29 de março. O texto é fruto da pesquisa de doutorado da professora e apresenta um estudo piloto que teve o objetivo de investigar possíveis associações entre cognição musical e numérica.
“Investigamos se indivíduos que têm amusia congênita, que é uma condição neurológica na qual as pessoas apresentam déficits de percepção e execução musical, poderiam apresentar também déficits de discriminação de magnitudes numéricas. Aplicamos testes neuropsicológicos para avaliar a discriminação de magnitudes numéricas de um grupo de pessoas com amusias e um grupo de pessoas sem amusia, a fim de comparar”, explica a professora. A coleta de dados foi realizada no International Laboratory for Brain, Music and Sound Research (BRAMS), na Université de Montréal, no Canadá. O estudo foi parte do trabalho de doutorado de Marília em Neurociências, pela UFMG, sob orientação do professor Vitor Geraldi Haase, durante o qual ela estudou por um ano no país norte-americano com bolsa de doutorado sanduíche do CNPq para a realização da pesquisa.
“Encontramos que as pessoas que têm amusia congênita tem um desempenho similar aos indivíduos sem amusia na tarefa de discriminação de magnitudes numérica não-simbólica. Isso pode indicar que pessoas com amusia congênita tem preservação de habilidades de senso numérico (que é nossa capacidade de estimar e comparar pequenas quantidades de objetos sem que haja a necessidade de contar) e que as representações de magnitudes numéricas e de altura musical podem não compartilhar recursos neurais”, detalha a pesquisadora.
O trabalho já foi concluído, mas Marília continuando realizando pesquisas na linha de pesquisa da neuropsicologia da música.
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ESCOLA DE MÚSICA
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