Estudantes de Ibirité visitam sistema prisional alternativo e farão exposição
29/06/2017
Um programa já aparece na agenda de julho da UEMG Unidade Ibirité: a exposição fotográfica ‘Educações no Presídio: Escola tradicional e Educação Social na APAC’. A mostra dará sequência às ações que integram a finalização da disciplina ‘Colóquio de Diversidade e Direitos Humanos’, que dentre outras atividades levou estudantes do curso de Pedagogia da Unidade a visitarem, no último dia 09, a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC) de Santa Luzia.
A ideia foi do professor da Unidade Ibirité Walesson Gomes da Silva, que ministra a disciplina, iniciada nesse semestre: “Este colóquio é ministrado por vários professores, sendo eu um deles [os outros envolvidos são: Alexandre Nascimento, Alícia Loureiro, Camila Meira, Cássia Jardim e Isis de Souza]. O tema designado para mim foi ‘Educação em direitos Humanos - Sistema Prisional’. Desta maneira, viabilizei e mediei, em 31 de maio, uma palestra no Campus ministrada por dois ex-recuperandos [nome dado a ex-detentos das APACs] e, posteriormente, fizemos a visita para que os acadêmico pudessem conhecer e fotografar a unidade prisional”.
Sobre o que foi registrado e fará parte da exposição, o professor adianta que os estudantes puderam conhecer os espaços de educação da APAC, além de conversar com recuperandos do Regime Fechado e também do Semiaberto sobre os processos de ressocialização que acontecem na Associação por meio da educação social.
Crente na importância do pedagogo em todos os contextos sociais, Walesson destaca que, no sistema prisional, o profissional da área é o responsável pelo retorno dos presos ao estudo: “Nas APACs, esse papel é ampliado. Inclusive, sou pedagogo e diretor voluntário da APAC em questão. Nesse tipo de presídio, dito " humanizado" – não compreendo como podemos humanizar isolando uma pessoa –, o pedagogo tem papel fundamental, pois, as APAC são regidas por um método próprio composto por 12 pilares, e em todos eles é importante a articulação do pedagogo, principalmente naquele que diz respeito à ‘valorização humana’, pois esses encontros de valorização são abertos à discussão de temas diversos. Assim o educador pode trabalhar questões básicas de educação até as mais complexas como a religiosidade, espiritualidade, trabalho, família, etc”.
IBIRITÉ
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