Ao interpretarmos a palavra “integral” ao pé da letra, chegamos à ideia de algo inteiro, global, ou até mesmo total. É justamente isso que se pretende, inicialmente, com a educação integral: desenvolver os alunos de forma completa, em sua totalidade. Além do tempo em sala de aula, a educação integral reorganiza espaços e conteúdos.

Levando em conta este tema, a coordenadora Darli de Souza Dias, promoveu um colóquio para que fossem discutidas medidas a serem tomadas relacionadas às melhorias. Com o intuito de proporcionar a oportunidade de uma certa troca de experiência entre os professores, alunos e estagiários que atuam na escola integrada de Belo Horizonte. O colóquio proporcionou desafios e possibilidades de uma ação dialógica.

Com duração de 3 horas, o público do colóquio foi composto por professores, pessoas interessadas no tema e alunos bolsistas, que trabalhavam com projetos da educação integral, como a professora e orientadora Selma Magalhães e a aluna de Design de Ambientes Rafaela Cristina.

Rafaela trabalha com a educação integral há aproximadamente um ano e meio e  dá continuidade a um projeto de fotografia para crianças numa faixa de 6 a 9 anos. O projeto conta com a colaboração de um segundo projeto que já está em andamento, denominado “Um olhar, uma luz”, que se predispõe a ativar nas pessoas e sobretudo nas crianças o interesse pela fotografia. 

A bolsista, que desenvolveu um discurso sobre seu projeto, disse ter usado todas as técnicas da fotografia de uma forma lúdica, para que as crianças entendessem o propósito da “brincadeira” e aderissem à vontade de fotografar. “É complicado fazer as crianças prestarem atenção, por isso usamos as regras e o conteúdo de uma forma totalmente lúdica para  que todas elas pudessem entender como fazer a atividade proposta. Até os pais participavam, de uma maneira indireta. As crianças chegavam em suas casas e reproduziam todo o conteúdo para seus familiares. Realmente se trata de algo bem completo e que ensina de uma maneira divertida.”

Essa e várias outras atividades fazem parte dos projetos da Escola Integral, que antes era vista como uma creche. Hoje já existe uma aceitação maior em relação ao assunto e alguns locais já aderiram à modalidade de ensino.

O colóquio aconteceu na sala Juvenal Dias, situada no Palácio das Artes em Belo Horizonte, entre as 14h30 e 17h30.