Intercambistas alemãs aportam na Escola Guignard e participam de atividades do PIBID
Alunos e professores estrangeiros e brasileiros na Galeria de Arte da Escola Guignard
Convergem entre si, em ações pedagógicas, as Artes Plásticas e as Artes Cênicas? E se então essas disciplinas forem ministradas em Português e a outra em Alemão? Caos instalado?
A experiência prova o contrário. Essa reunião de artes e idiomas ocorreu em Belo Horizonte, durante as duas últimas semanas, entre os alunos de licenciatura em Artes Plásticas da Escola Guignard, que participam do PIBID, e as estudantes alemãs de Artes Cênicas da Universidade de Teatro e Música de Rostock.
Com um conhecimento básico em Português, as estudantes estrangeiras partiram para propor atividades cênicas em escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio da capital, nas quais a Escola Guignard participa por meio do PIBID. Embora a barreira linguística existisse, além de não impedir a comunicação, ainda aguçou outros sentidos. "Fiquei surpresa em ver como tudo fluiu naturalmente. Aprendemos coisas e métodos que não conhecíamos, ensinamos outros de que tínhamos conhecimento e foi impressionante ver o que se construiu a partir de dois tipos de arte diferentes. Isso me fez perceber que a arte tem a mesma linguagem em qualquer parte do mundo. Foi muito significativo para mim", afirmou Maren Schrader.
Também no grupo alemão, estava a estudante taiwanesa Shin-Yi Huang, que, além de corroborar com a perspectiva das colegas, destacou também a personalidade do brasileiro. "Na Alemanha, as pessoas são mais sérias; já no Brasil, são mais afetuosas. O contato físico e o olhar aqui são importantes", avalia.
A materialização do convênio entre as Universidades, com o auxílio da Assessoria de Intercâmbio e Relações Internacionais da UEMG, assinado em 2012, precisou fundamentalmente do empenho pessoal das professoras Rosvita Kolb, pelo lado brasileiro e da professora Marion Kuster, pelo lado alemão. Marion enalteceu as experiências vividas pelo grupo em solo nacional e ressaltou o caráter pedagógico presente no diálogo estabelecido entre as áreas. Relatou ainda as dificuldades para a realização do intercâmbio. "Entramos em contato com 12 instituições para obter o custeio do intercâmbio e somente obtivemos retorno de três", relata.
As professoras e alunos idealizam agora a possibilidade da réplica, uma possível ida de estudantes brasileiros para a Alemanha em futuro próximo e procuram possibilidades de patrocínio da viagem para completar o intuito do convênio.
As estudantes alemãs que estiveram em Belo Horizonte foram Anna Lukasser-Weitlaner; Anne Schwarz; Shin -Yi Huang, Petra Slowig; Ninon Rößler; Maren Schrader, com a orientação pedagógica da professora Marion Kuester.