Raízes fortes e discriminadas: palestra na EsMu mostra a verdadeira face das religiões afro
18/09/2015
A desconstrução de um preconceito começa com a apresentação do tema para quem não o conhece. Com este objetivo, o pesquisador Alex Keifer montou sua palestra sobre religiões africanas no Brasil. Na tarde de quinta-feira (dia 17), ele apresentou suas ideias sobre o tema no anfiteatro da ESMU (Escola de Música), em Belo Horizonte.
De início, Alex apresentou as várias religiões africanas que vieram para o Brasil junto com os escravos. Falou sobre Candomblé, Umbanda, Quimbanda e Voodoo. Mostrou cada Orixá e cada entidade associando-os às suas figuras sincréticas do catolicismo. Depois de abordar as divindades e os ritos, o palestrante mostrou como as religiões africanas influenciam a cultura do nosso país. Samba, festas típicas como Congado e Folia de Reis, e muitas palavras da língua portuguesa.
Alex lembra que atualmente as religiões africanas sofrem muito preconceito, são muitas vezes confundias com magia negra e chamadas de “macumba”. Isto se deve ao desconhecimento. Normalmente as pessoas que possuem e espalham este preconceito não possuem noção da história e do funcionamento das crenças.
Keifer começou sua pesquisa em terreiros de Candomblé e Umbanda e casas kardecistas. O que o impulsionou foi a própria curiosidade e a vontade de romper com o preconceito. “A dificuldade de acabar com o preconceito vem de um processo histórico que provoca o rebaixamento da cultura negra”, afirma.
Confira mais fotos.
Reportagem: Vitoria Camargo (2º período/Jornalismo - Unidade Frutal)
SEMANA UEMG
|